segunda-feira, janeiro 29, 2007

O Não Social-Democrata

Esta gente não se percebe, brinca ao faz de conta: liberalizar é de esquerda, despenalizar é de direita! Suponho que a Zita Seabra deve ter levado com um tijolo na cabeça quando o muro de Berlim caiu, pelo menos tem desculpa, agora os restantes parecem orgulhosamente convictos no absurdo que dizem. Querem ver que ainda vai aparecer alguém a trazer “O Processo” de Kafka para os argumentos da roga de laranjas patéticas?

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Coro das Velhas

Camarada, amigo e palhaço:

As execuções que decorrem no Iraque divertem-me bem mais do que a discussão sobre o aborto. Inconvenientemente surge agora a eleição do Grande Português, através da didáctica T.V. pública – cada vez mais adequada aos gostos refinados dos contribuintes; para entreter as famílias tradicionais agarradas á televisão.
Mas voltando ao aborto, os arautos dos argumentos contrários ao desmancho voluntário, neste caso, a plataforma Não Obrigado através de António Borges, economista ligado ao PSD (embora ninguém lhe ligue no PSD), depois da consciência, da biologia, da religião, até do terrorismo, surgem agora perante a plebe com números e percentagens, e estatísticas, e contabilidades. Em breve surgiram outros argumentos do não, igualmente épicos, tais como: a ecologia, as TLEBS, os Moonspell, a Carolina Salgado, a OPA da SONAE, o penteado do Quaresma, entre outros. Tudo depende da criatividade que abunda e fecunda em terrenos áridos da ocidental praia lusitana.

quarta-feira, janeiro 10, 2007

República Absurda Socialista

Enquanto meio mundo se entretêm com o Eixo do Mal, os camaradas sul-americanos retomam as revoluções absurdas socialistas. Este retrocesso civilizacional têm sido menosprezado do lado de cá do Atlântico, sempre seguidores das prioridades geo-estratégicas (estranho conceito) do Tio Sam. Bem sei que as ditaduras de esquerda têm sempre mais simpatia que as de direita, por alegadamente serem ditaduras do povo, ao contrário das de direita, por alegadamente serem ditaduras da elite rica; no entanto a ignorância é a mãe de todos os regimes hostis à liberdade, e ela tanto está nos ricos como nos pobres.


Karl Marx costuma ser o bode expiatório de muitos comunistas, “O Capital” a sua bíblia, e como todos os fanáticos de qualquer religião, uma cegueira colectiva impede a livre interpretação do espírito, do tempo, do contexto da obra.


A sedução contínua de alguns loucos pelo poder absoluto não pode ser desculpada com ideologias, isso é demasiado exíguo, quanto muito, cada louco cria à sua maneira e carácter uma nova forma de tirania.