quarta-feira, outubro 24, 2007

Em breve nas bancas:

O Tratado de Lisboa para Tótós
por Vital Moreira

terça-feira, junho 26, 2007

Com dois candelabros ao estilo gótico -logo ridículo, dois pares de mãos exploram terras à procura do local onde se abrirá o buraco negro onde o tempo é infinito.
Dois pares de mãos em plástico executam a morte assistida, no cubículo ornado com azulejos pálidos, a cor da morte.
Os gemidos agudos que assombravam o sentimento, que afastavam o sono para a dor alheia desapareceram num suspiro...assim, quebrou uma rotina que se perdia em dúvidas silensiosas num reino desfeito.
A morte não faz mal nenhum a quem morre, mas a quem vive.

quarta-feira, junho 20, 2007

Os cientistas de plástico, criam árvores de cobre onde se penduram avisos de consumo.

Os cientistas fumadores, fazem audições para transplantes voluntários de sanidade mental.

Os cientistas oradores, lançam farpas de gosma lírica para agravar a calamidade da razão impura.

terça-feira, junho 12, 2007

(I)REAL POLITIK

(…)
E se nós fôssemos todos Abstractos
exilados na nossa própria concreção
Michel Camus



Gravemente feridos pelos direitos e obrigações das construções e outros venenos, os lobos não fizeram greve. O ataque aos coelhos e roedores é somente luta pela sobrevivência e com certeza que algum animal doméstico que esteja de piquete servirá de banquete.
*

Um cubo de açúcar foi beatificado pelo Pastor Adoçante da Igreja dos Doces do Apocalipse Corante e Conservante. Parece que andava amargo com a ortodoxia da oposição interna.
*

Depois de se ter implantado a calma em 1000 censores, foram plantadas 10 árvores nos tabiques que limitam a sua área de autoridade.
*

Foram dizer aos madeireiros que comprei uma moto – serra, mas esqueceram-se dizer o que me parece essencial: pedi factura.
*

Adoptei um animal doméstico – é um muro – que no sentido lato, consolida o eco do ego e no sentido restrito, acumula a redundante ressonância.
*

A flexissegurança ou fexi-segurança, substitui o maneirismo da lei do trabalho, na mesma medida em que o Sudoku substituiu as Palavras Cruzadas.
*

segunda-feira, maio 28, 2007

Metamorphisis after Kafka; Paula Rego
Não digam a ninguém. Não espalhem a noticia. Não transformem um acontecimento em ruído, em bulício democrático. Não partilhem farsas mediáticas nos palcos fátuos.
Um dia a máscara esvanesce e o tempo farto de esperar, desiste de continuar.

quinta-feira, maio 24, 2007

São como um cristal,
As palavras.
Algumas, um punhal,
Um incêndio.
Outras
Orvalho apenas.
Eugênio de Andrade

Na monomania crónica pelo ininteligível, esconde-se o romantismo bacoco de poetas sob o efeito de fumos exóticos e líquidos mal fermentados. Os diagnósticos escritos de mal-estar emocional, são pretexto para fantasias introspectivas e egoístas, partilhadas em assembleias voluntárias na esperança que os constituintes indultem tamanha desonestidade narrativa.

quinta-feira, maio 17, 2007

Maldoror

Foto de Fátima Inácio Gomes
12 de Maio, Teatro Circo em Braga, MALDOROR por Mão Morta.


"Estou sujo, roído pelos piolhos e os porcos quando olham para mim vomitam"

Não sou capaz de escrever sobre música, apesar de ser uma necessidade básica ao meu bem estar, ouvi-la.
Li as criticas a este espectáculo nos jornais de papel, nos jornais on-line e em blog`s. Não tenho mais nada a acrescentar, apenas que nenhuma outra banda nacional me levaria a rasgar o asfalto para ser afrontado, com um prazer imundo, pelo grotesco.

terça-feira, maio 15, 2007

Insónia

Alguém nos habita
Apesar de nós
Alguém cujas palavras
São os nossos silêncios
·
Escreves para produzir um pouco de ruído
Para ouvir passar a tua vida

Jean-Louis Giovannoni


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Palavras desprevenidas na desordem fútil que suporta o que acontece.

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Não, esfinge de olhos amarelos. Fui eu que arranquei as ervas daninhas, eu disse que o estrume dos animais que te aconselham iriam fazer com que elas crescessem. O meu caminho está limpo, são os escribas que me atormentam e não a tua hostil opinião sobre a vegetação do meu jardim. Não adianta desviares o olhar quando me vês a falar com as árvores, organizar conspirações e guerras com os ventos, eu sei que estás aí.

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Desconheço qual é o meu ascendente, astrologicamente falando, ou melhor – escrevendo! Não quero saber o que os astros a montante me destinaram a jusante. Não acredito em extraterrestres, celestes ou marcianos. A não ser que Darwin seja o criador do horóscopo.
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Agora a sério:


  • O General estrábico queria que eu o mutila-se depois de fazer um transplante ao cotovelo. Eu disse que aos fins-de-semana não vou ao médico.

  • Duas mães ofereceram uma ratoeira, com a condição de não comer aos ratos que lá caíssem. Aceitei. Não gosto de comer animais que não estão em vias de extinção.

  • Uma borboleta tocou-me. Eu olhei para ela, tropecei e caí. Ela riu-se. Eu espanquei-a até que vomita-se a lagarta que vivia dentro dela. As mais belas borboletas são feias por dentro.

  • Dei uma cabeçada numa árvore, ela começou a resmungar. De seguida um cão mijou nela, e ela não disse nada. Perguntei-lhe porquê, ela respondeu que não gosta de Hipopótamos.

segunda-feira, maio 14, 2007

Songs for the deaf

Teen Age Riot

Parecem bandos de pardais à solta, os putos.
Adultum est! Exclamam, como que injuriados, a nociva corja infantil. Isto só porque me esqueci de lhes comprar um gelado. È o consumismo que dita a solidariedade entre gerações, não me lixem.

Little Arithmetics

Traçaram uma tangente entre a minha paciência e a minha diarreia. Logo hoje que eu queria ser um magnicida. Fazia um atentado contra um tubarão que manda no Marão, e doava as entranhas deste peixe graúdo, ao cientista mudo.

These Days

O lobo mau (os lobos são todos maus) seguiu um porco. Este fugiu para a pocilga, e dali saiu uma cobra atrás do lobo para o morder. O lobo mau (os lobos são todos maus) fugiu para a serralharia. Aqui estava um cavalo. O cavalo morreu com o susto e o lobo sorriu, deixou de ser mau.

You Don’t Speak My Language

Guarda a manhã como uma rosa,
Molha-a, que a noite vem aí.
Dorme tu nos espinhos; goza
O que é próprio de ti.
Vitorino Nemésio

sexta-feira, maio 11, 2007

-Agora que terminada a cimeira entre o Ministro dos Conflitos e o Ministro dos Negócios, elaborou-se o Manifesto Contra Um Mundo Melhor. Conto consigo para a validação dos seus pressupostos.
-Não é nada comigo, desculpe.
-Tem razão.
-Gostei sobretudo da parte em que se deita enxofre às crianças.
-Mas não é nada consigo.
-Tem razão. Desculpe.
-Eu não quero saber das crianças! Tenho fome.
-Mas o almoço é só para participantes activos e predestinados a evoluir mentalmente para o limiar do absoluto...
-O quê???
-... Com capacidade técnica de avaliação cognitiva...
-Larga o enxofre pá!
**

Na minha peregrinação à Patagónia, tive de fazer um pequeno desvio. Pediram-me a opinião sobre uma estufa para a criação de idosos no Alentejo. A ideia era boa, mas Saturno (deus das sementeiras), vetou o negócio.
**

quinta-feira, maio 03, 2007

Francis Bacon: Story for the Head of a Screaming Pope



Recordações do que mexeu agora mesmo.
Uma odisseia de momentos na lonjura do tempo comum,
História que se repete,
Fumo devolvido pelas cinzas.
**
Anacoreta metodológico,
Incoerente e inebriante,
Ocaso.
**
Parar no meio de ossos encharcados,
Um pensamento de desassossego
Numa alucinação tão sóbria, que irreal.
**
Um simples objecto com um sarcasmo
Grotesco,
Numa tarde escura e parada.
Que fastio tão descabido.

quarta-feira, maio 02, 2007

Balelas

Os sindicatos dos atávicos, mudam para o que parece, e o que parece não é. Ele há quinhões de chapéus para encobrir cabeças fátuas, cientistas de fábulas burocráticas que comandam a vida produtiva. É fácil semear estradas, colocar electrões, oferecer fogos estúpidos, construir novas formas de gravar teimosias, mistificar a masturbação sustentável. É tão fácil a auto – citação que liberaliza a auto – flagelação. A responsabilidade sem opressão, é uma ilusão da estatística dos gráficos humanos.

segunda-feira, abril 30, 2007

Peripécias Descoloridas

Peripécia Vermelha

Coberto por um lenço vermelho, levaram-me pela rua das repetições.
Tive de fugir para a loja das definições,
Depois para o atelier das refeições.
Quem disse que a solidão não tem soluções?

Peripécia Branca

Fiquei absorto,
Encalhado
Nas palavras de um fado
Que se exige torto.

Peripécia Cinzenta

No edifício de sustento,
Deixo de mim um fragmento,
E sigo veloz
Para um lugar atroz.
Porque a vedeta me seduz
E eu não quero a luz.

Peripécia Amarela

O cão. O Freud. O Beckett. O José Mário Branco.
O cão. Dead Can Dance.
O cão.
O cão. A Nêspera. O Banqueiro Anarquista.
O cão. O Degredo.
O cão.

quinta-feira, abril 26, 2007

Olha o tédio fresquinho!

Camaradas, amigos e palhaços:

Vamos fazer as contas.
Eu pago os cigarros e o lixo. Dou um contributo para a limpeza dos dentes e com um jeitinho também pago as barbatanas. No que toca ao fantasma, faço uma cópia da chave da cela e vou lá satisfazer as minhas necessidades fisiológicas, mais não faço. À puta não pago nada, mesmo que engula a minha gosma temperada com agriões.
Não me lembro de quem é a faca, sei que a usei sem pedir autorização, mas como a usei para cortar a língua à andorinha negra, serei perdoado, acho eu.
Deixo ao vosso encargo, as despesas relativas ao transplante do dedo meiminho do pé direito do atleta olímpico, e da elaboração do mapa dos quelhos dos gritos, e outros dos. Ou do.
Confirmo ainda, que as leis deste Estado, prevêem isenção fiscal para actividades em que se usem as palavras: caramba, carago, caralho e porra. Outras expressões só podem ser usadas, excepcionalmente, nos casos previstos na lei deste Estado.
Já a realização do nosso teste “Cala-te ou chamo a bófia!” aos trabalhadores das industrias das inovações, foi chumbado devido ao protesto da confederação das industrias das tradições, pois estes estão a realizar um teste que se chama “Cala-te ou chamo a Igreja Católica!”.
O saldo final entre os débitos e créditos, no balanço, será nulo porque é um documento nulo, embora os acrobatas e os carpinteiros não concordem.

Yours
Patati Patata

segunda-feira, abril 23, 2007

Artifício de significados...

Cartoon de Kambiz Derambakh

Adoro queijo. Fedorento no odor mas delicioso no gosto.

A coligação de mensageiros, que enrola encantada a obscura utopia de descobrir a origem e o destino das noites despropositadas.

As cinzas duplas, perdidas na sombra tranquila de um lugar onde as palavras nos olham.

Os poetas de estilo, um emaranhado de muros preconceituosos, iluministas de ofício.

As parcas, conferência azeda entre ventos que duram um instante, mas cuja brisa permanece negra.

Os corações felpudos, ritmos cardíacos aleatórios, pulsar extenuante, vaguear de emoções artificias numa metamorfose de sintomas sádicos.

Os escribas das horas tardias, sentados, ambos em tons de castanho e em palcos diferentes, escrevemos forçosamente para fugir do olhar dos outros, mas encontramo-nos no albergue de olhares conhecidos.

sexta-feira, abril 20, 2007

Camilo Pessanha


Tinha este livro em PDF, agora que o comprei, apeteceu-me lembrar um poeta quase esquecido.

quinta-feira, abril 12, 2007

Resposta absurda

Resposta absurda a um mail absurdo que recebi:

Mas que blasfémia, seu herege!
Mas que anátema tu escreveste, texto pecaminoso, vergonhoso e ofensivo a milhões de pessoas que oferecem a sua vida a Deus! Pobre alma a tua, atormentada pelos prazeres da carne e dos sentidos. Pobre vida a tua, dominada pelo niilismo e pelo Rock”n”Roll - o meu amigo Ratzinger (o papa) é que têm razão: “ a música rock é obra do diabo”! O quão errado tu estás. Deus criou o sol, as estrelas e o amor. No principio era o verbo, ou seja, o desastre veio depois quando o homem decidiu conjugar o mesmo verbo. Como as coisas seriam diferentes se não houvesse a histeria colectiva de tudo conjugar. O potencial que temos foi feito para este mundo, para depois nos podermos libertar no outro lado.
Mas chega, é melhor eu (o outro mais absurdo) escrever agora.
Quero que se foda a religião e as religiões se fodam umas às outras numa apoteótica orgia espiritual e carnal, com as virgens e os virgens, os eunucos e os sodomitas, os vegetarianos e os canibais. Foi o homem que criou Deus e não o contrário. Não estou disponível para ouvir teorias diferentes, porque essa geram violência, guerra, misturado com a ignorância. Histéricos, os clãs religiosos são tão previsíveis! Fazem projectos de encenação dramática, para servirem de muleta emocional aos mais parvos dos parvos. Até parece que...parece não, é: eu nasci, vivo e vou morrer, a existência ou não de Deus não altera estes factos! Às vezes apetece-me gritar que tenho o mesmo Deus que os outros animais e vegetais, e o mesmo diabo. Tou-me a cagar para o que os outros pensam. Vou curtir. Vou consumir todos os pecados, vou partir tudo, vou matar todos(lá está:violência), deve ser divertido, não ter medo da morte ou de outras coisas tais. Este mundo é feio e eu não peço desculpa por ser feio, por desejar um apocalipse sangrento para aqueles que projectam os seus medos em mim, na minha libertinagem de a nada obedecer. Fui tocado pela bondade, mas fazem-me sentir um criminoso. Aquilo que me importa, é que seja lá o que for que nos separa, estaremos sempre ligados por cordas de tolerância. Irei rompê-las vezes sem conta e tornar a criar outras, analisadas ao pormenor, ao segredo.
As revoluções que são evolução não começam nas religões: acabam!

Fim?

segunda-feira, abril 09, 2007

As otas e os tgv`s assinalados
Que, da ocidental praia Lusitana,
Por terrenos nunca dantes escavados
Passaram ainda além da chicana,
Em perigos e discussões esforçados
Mais do que prometia a razão humana,
E entre gente engenheira edificarão
Novo empreendimento, que tanto sublimarão.

sexta-feira, março 30, 2007

De súbito, Salazar e a extrema-direita reaparecem no meio do nevoeiro.
O cartaz de que se fala, mostra a podridão da ignorância,
palavras de ódio e insulto que nos enfraquecem.
Fomos feitos para voar, navegar, para ir e voltar,
de pátria em pátria, até sermos apátridas.

terça-feira, março 27, 2007

Somatório de frases ansiães

Éramos cinco.
Num périplo terapêutico, à procura do entrosamento perfeito, por terras mais ou menos estranhas.
Entre o real e o ficcional.
O técnico. Criativo e criador do organigrama do que fizemos e temos feito, fabricante de enredos para desistir, e voltar a insistir.
O condutor. Cuidadoso com as máquinas, construtor de imagens, natural e descontraído constantemente, simples e integral.
O estrangeiro. Distraído na concentração de tudo abarcar, uma viagem dentro de outra, recolhendo do humano e do natural o que levar desta paragem, desta vertigem.
A donzela. Pedra preciosa a lapidar, olhar apoquentado mas encantado, ornato dourado de uma alma à procura de magia.
Eu.
Tudo mais não interessa. Os castelos, os rios, as pedras, são memória colectiva de todos os que passaram e passarão, de todo o tempo que houve e haverá.
Somos um fragmento da selecção natural.
Inequívoco estilhaço da minha sensacionalista selecção natural.
No repasto final resumiu-se o real e o ficcional. Como iguais, num tribunal que não julga condutas, mas que rejubila com a rebeldia e a falta de respeito ante as forças e fraquezas de cada um.
Assim parados, andamos.
Vamos fugir?

segunda-feira, março 26, 2007

Todos os que falam...

...falam no Grande português: o Salazar. Um programa estúpido só podia dar um resultado estúpido. O que me vai ficar na memória deste domingo: a merda do gás que acabou enquanto tomava banho e a primeira audição do novo álbum dos LCD Soundsystem (obrigado Hugo).

quinta-feira, março 22, 2007

Blog do Triplo SIM!

Com todo o amor, carinho e benção de Deus, surgiu um blog que relata a louca odisseia do CDS/PP com a isenção e qualidade que o partido nem sequer justificava.

quarta-feira, março 21, 2007

Profetas da desordem

A Mão Morta mexe os dedos. Encrava as unhas noutras maneiras de fazer canções, noutras histórias que querem ser contadas.










sexta-feira, março 16, 2007

Faz hoje 4 anos que um grupo de ilustres iluminados que comandavam (e comandam) os nossos inevitáveis destinos, fizeram nos Açores o brainstorm da zaragata iraquiana.
Soube-se à dias, que os britânicos trocaram sinais de interrogação por sinais de exclamação para dramatizar um relatório sobre as famosas armas de destruição em massa..
O nosso representante esforçado e activo nesta zaragata, até foi promovido na hierarquia do nosso inevitável futuro europeu.
De facto, só personalidades destas conseguem usar a mentira como elixir idóneo.

segunda-feira, março 12, 2007

Lisboa a arder?

Arcade Fire, Bloc Party, Interpol e Klaxons no Super Rock!!!!
Em Lisboa.
Lisboa, como sempre.
Cada vez mais a Capital.
As auto-estradas ajudam a centralização, não o contrário.
Mas com este cartaz, em Lisboa, que se lixe...
Basta de queixinhas.
Bem hajam os lisboetas.
Vamos gastar o nosso dinheirinho na Capital.
Porque no Norte, julgam que a cultura não dá lucro.

segunda-feira, março 05, 2007

  • Anda por aí uma discussão na direita portuguesa sobre o que é ser liberal. Eu fui ao dicionário. O problema está no civil, aqui também eu entro em choque ideológico com a direita.

  • Perguntaram-me se já vi a Quadratura do Circulo na SIC Noticias, respondi que já li o livro.

  • Portas voltou, em breve será Santana. Só faltam os Malucos do Riso para completar a paródia.

quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Por vezes chegam por mail ou sms, mensgens que prometem muita coisa esotérica, mas só se a mensagem for continuada. Por exemplo:

... e se enviar esta mensagem a 10 pessoas, será feliz por toda a eternidade.
Se enviar a 9 pessoas, será feliz apenas nesta vida.
Se enviar a 8 pessoas, não terá problemas nos rins.
Se enviar a 7 pessoas, não será constituido arguido em nenhum caso de corrupção.
Se enviar a 6 pessoas, não será sodomizado pelo Mantorras.
Se enviar a menos de 5 pessoas, não será atroplelado por 1 Opel Corsa.
Se não enviar a ninguém, o que é que eu tenho a ver com isso?
Em Lisboa, os barões do sul, os mesmos que achavam que os do norte eram a versão lusa d`Os Sopranos, perderam a auréola do supra-sumo da competência política. No entanto ainda se justificam com: A BRAGAPARQUES é do norte! Eu adoro as falácias.

Na Madeira, terra de bananas pequeninas e do grande cacique luso - madeirense, aquele que uma vez o Marcelo Rebelo Sousa propôs para candidato à presidência da República pelo PSD, demitiu-se. E daí? Aquilo é o seu quintal. Qualquer intromissão pode ser considerada violação de propriedade privada.

No posfácio da análise ao referendo, surgiu um Portugal separado sociologicamente pelo Mondego. Em Portugal, os rios serviram sempre como fronteira administrativa, denoto agora uma evolução que desconhecia: as trutas do norte são mais católicas que as do sul. Mas as peixeiras são iguais?

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Ontem domingo, o telejornal da RTP encerrou com uma notícia referente ao novo penteado de Briteney Spears. Queria pedir à direcção de informação do canal para me informar quando o Adolfo Luxúria Canibal estiver de diarreia.

Já diz o povo: Primeiro estranha-se, depois entranha-se; o novo Púbico está a custar entranhar, então o novo Ípsilon – antigo Y, está muito mal amanhado.

No DN, o Oliveira demitiu a direcção do jornal, porque quer um jornal mais popular. Mais popular? Então o homem já é dono do JN e do execrável 24 Horas!

Os jornais de referência, seguem no caminho dos telejornais, generalizando; As notícias espectáculo, as couves e alforrecas da nação, as criancinhas, o trânsito dos fins-de-semana prolongados, o maior pão com chouriço do mundo, e tragédias, muitas tragédias, com sangue para culpar os gajos de Lisboa.

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

FIM

Venham mais cinco referendos, até que um seja vinculativo, faça chuva ou faça sol.

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Antena1 censura

Segundo o próprio Júlio Machado Vaz ao RCP, a direcção da Antena1, não autorizou que a sua rubrica diária com Ana Mesquita – “O amor é...”, fosse para o ar como estava previamente gravada, por estes nela defenderem o voto sim no referendo. Tratando-se de um programa de autor, numa rádio publica, não vejo outro classificação para esta decisão que não seja a censura pura e ignóbil.
http://murcon.blogspot.com

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Legalize

O argumento de que se o sim ganhar, provocará uma liberalização do aborto e assim a sua banalização, levam-me a crer que porventura as mulheres abordam o aborto como um desporto radical, tipo banging jumping.

We share our mothers health

A Igualdade do Género, conceito muito badalado noutras temáticas, no aborto está coberto de fel.

Jornada dos passos cegos

A demografia deste território é consequência de muitos liberalismos da ocidental economia global. O debito e credito da produtividade serve de profilaxia à cerimonial sociedade moderna, ceteris paribus. O aborto clandestino faz parte da economia subterrânea, que se tenta esconder envergonhado.

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

De acordo com os dados da Associação Fonográfica Portuguesa, foram os seguintes os dez álbuns mais vendidos na semana passada:

  • 1. "A Vida Que Eu Escolhi", Tony Carreira
  • 2. "Acústico", André Sardet
  • 3. "Os Pintainhos", Os Pintainhos
  • 4. "4 Taste", 4 Taste
  • 5. "Siempre", Il Divo
  • 6. "La Banquise", Pigloo
  • 7. "No Promises", Carla Bruni
  • 8. "Loose", Nelly Furtado
  • 9. "Uma Vida de Canções", Paco Bandeira
  • 10. "O Melhor Natal", Floribella

As pessoa que compram estes discos são, evidentemente, os votantes dos não ao aborto.

Tenho dito.

segunda-feira, janeiro 29, 2007

O Não Social-Democrata

Esta gente não se percebe, brinca ao faz de conta: liberalizar é de esquerda, despenalizar é de direita! Suponho que a Zita Seabra deve ter levado com um tijolo na cabeça quando o muro de Berlim caiu, pelo menos tem desculpa, agora os restantes parecem orgulhosamente convictos no absurdo que dizem. Querem ver que ainda vai aparecer alguém a trazer “O Processo” de Kafka para os argumentos da roga de laranjas patéticas?

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Coro das Velhas

Camarada, amigo e palhaço:

As execuções que decorrem no Iraque divertem-me bem mais do que a discussão sobre o aborto. Inconvenientemente surge agora a eleição do Grande Português, através da didáctica T.V. pública – cada vez mais adequada aos gostos refinados dos contribuintes; para entreter as famílias tradicionais agarradas á televisão.
Mas voltando ao aborto, os arautos dos argumentos contrários ao desmancho voluntário, neste caso, a plataforma Não Obrigado através de António Borges, economista ligado ao PSD (embora ninguém lhe ligue no PSD), depois da consciência, da biologia, da religião, até do terrorismo, surgem agora perante a plebe com números e percentagens, e estatísticas, e contabilidades. Em breve surgiram outros argumentos do não, igualmente épicos, tais como: a ecologia, as TLEBS, os Moonspell, a Carolina Salgado, a OPA da SONAE, o penteado do Quaresma, entre outros. Tudo depende da criatividade que abunda e fecunda em terrenos áridos da ocidental praia lusitana.

quarta-feira, janeiro 10, 2007

República Absurda Socialista

Enquanto meio mundo se entretêm com o Eixo do Mal, os camaradas sul-americanos retomam as revoluções absurdas socialistas. Este retrocesso civilizacional têm sido menosprezado do lado de cá do Atlântico, sempre seguidores das prioridades geo-estratégicas (estranho conceito) do Tio Sam. Bem sei que as ditaduras de esquerda têm sempre mais simpatia que as de direita, por alegadamente serem ditaduras do povo, ao contrário das de direita, por alegadamente serem ditaduras da elite rica; no entanto a ignorância é a mãe de todos os regimes hostis à liberdade, e ela tanto está nos ricos como nos pobres.


Karl Marx costuma ser o bode expiatório de muitos comunistas, “O Capital” a sua bíblia, e como todos os fanáticos de qualquer religião, uma cegueira colectiva impede a livre interpretação do espírito, do tempo, do contexto da obra.


A sedução contínua de alguns loucos pelo poder absoluto não pode ser desculpada com ideologias, isso é demasiado exíguo, quanto muito, cada louco cria à sua maneira e carácter uma nova forma de tirania.