segunda-feira, abril 30, 2007

Peripécias Descoloridas

Peripécia Vermelha

Coberto por um lenço vermelho, levaram-me pela rua das repetições.
Tive de fugir para a loja das definições,
Depois para o atelier das refeições.
Quem disse que a solidão não tem soluções?

Peripécia Branca

Fiquei absorto,
Encalhado
Nas palavras de um fado
Que se exige torto.

Peripécia Cinzenta

No edifício de sustento,
Deixo de mim um fragmento,
E sigo veloz
Para um lugar atroz.
Porque a vedeta me seduz
E eu não quero a luz.

Peripécia Amarela

O cão. O Freud. O Beckett. O José Mário Branco.
O cão. Dead Can Dance.
O cão.
O cão. A Nêspera. O Banqueiro Anarquista.
O cão. O Degredo.
O cão.

2 comentários:

josé artur campos disse...

Úi, estou com medo do que eu fiz...

ruim disse...

Nada. Aqui está o que fiz nas horas e dias utéis. Exepto a ultima peripécia, uma triste insónia.