quinta-feira, abril 12, 2007

Resposta absurda

Resposta absurda a um mail absurdo que recebi:

Mas que blasfémia, seu herege!
Mas que anátema tu escreveste, texto pecaminoso, vergonhoso e ofensivo a milhões de pessoas que oferecem a sua vida a Deus! Pobre alma a tua, atormentada pelos prazeres da carne e dos sentidos. Pobre vida a tua, dominada pelo niilismo e pelo Rock”n”Roll - o meu amigo Ratzinger (o papa) é que têm razão: “ a música rock é obra do diabo”! O quão errado tu estás. Deus criou o sol, as estrelas e o amor. No principio era o verbo, ou seja, o desastre veio depois quando o homem decidiu conjugar o mesmo verbo. Como as coisas seriam diferentes se não houvesse a histeria colectiva de tudo conjugar. O potencial que temos foi feito para este mundo, para depois nos podermos libertar no outro lado.
Mas chega, é melhor eu (o outro mais absurdo) escrever agora.
Quero que se foda a religião e as religiões se fodam umas às outras numa apoteótica orgia espiritual e carnal, com as virgens e os virgens, os eunucos e os sodomitas, os vegetarianos e os canibais. Foi o homem que criou Deus e não o contrário. Não estou disponível para ouvir teorias diferentes, porque essa geram violência, guerra, misturado com a ignorância. Histéricos, os clãs religiosos são tão previsíveis! Fazem projectos de encenação dramática, para servirem de muleta emocional aos mais parvos dos parvos. Até parece que...parece não, é: eu nasci, vivo e vou morrer, a existência ou não de Deus não altera estes factos! Às vezes apetece-me gritar que tenho o mesmo Deus que os outros animais e vegetais, e o mesmo diabo. Tou-me a cagar para o que os outros pensam. Vou curtir. Vou consumir todos os pecados, vou partir tudo, vou matar todos(lá está:violência), deve ser divertido, não ter medo da morte ou de outras coisas tais. Este mundo é feio e eu não peço desculpa por ser feio, por desejar um apocalipse sangrento para aqueles que projectam os seus medos em mim, na minha libertinagem de a nada obedecer. Fui tocado pela bondade, mas fazem-me sentir um criminoso. Aquilo que me importa, é que seja lá o que for que nos separa, estaremos sempre ligados por cordas de tolerância. Irei rompê-las vezes sem conta e tornar a criar outras, analisadas ao pormenor, ao segredo.
As revoluções que são evolução não começam nas religões: acabam!

Fim?

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