terça-feira, março 27, 2007

Somatório de frases ansiães

Éramos cinco.
Num périplo terapêutico, à procura do entrosamento perfeito, por terras mais ou menos estranhas.
Entre o real e o ficcional.
O técnico. Criativo e criador do organigrama do que fizemos e temos feito, fabricante de enredos para desistir, e voltar a insistir.
O condutor. Cuidadoso com as máquinas, construtor de imagens, natural e descontraído constantemente, simples e integral.
O estrangeiro. Distraído na concentração de tudo abarcar, uma viagem dentro de outra, recolhendo do humano e do natural o que levar desta paragem, desta vertigem.
A donzela. Pedra preciosa a lapidar, olhar apoquentado mas encantado, ornato dourado de uma alma à procura de magia.
Eu.
Tudo mais não interessa. Os castelos, os rios, as pedras, são memória colectiva de todos os que passaram e passarão, de todo o tempo que houve e haverá.
Somos um fragmento da selecção natural.
Inequívoco estilhaço da minha sensacionalista selecção natural.
No repasto final resumiu-se o real e o ficcional. Como iguais, num tribunal que não julga condutas, mas que rejubila com a rebeldia e a falta de respeito ante as forças e fraquezas de cada um.
Assim parados, andamos.
Vamos fugir?

1 comentário:

josé artur campos disse...

O aprazível. Visto de dentro, um amontoado de sentimentos picotados em frames. De franqueza manifestada (visível), o entendimento brando/celular de cumprir rigorosamente o exame minucioso de qualquer que fosse brisa.